sexta-feira, setembro 07, 2007

Bancos e Governo assinam protocolos para empréstimos aos estudantes universitários

Sete instituições bancárias assinaram hoje com o Governo os primeiros protocolos de adesão ao sistema de empréstimos para estudantes do ensino superior. A medida vai abranger mais de 30 mil alunos, ou seja, dez por cento dos actuais 350 mil.

Os empréstimos situam-se entre os mil e os cinco mil euros por ano, para um máximo de 25 mil euros nos cinco anos de curso, e terão uma taxa de juro mínima com um spread máximo de um por cento.

Segundo o Ministério de Ensino, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, os empréstimos arrancam já neste ano lectivo.

O ministro Mariano Gago considera o sistema de empréstimos "uma peça central na política sistemática de modernização e qualificação do ensino superior".

No entanto, salientou "o carácter complementar" deste sistema, lembrando que, em paralelo, o Governo já garantiu o aumento progressivo dos fundos disponíveis para bolsas de acção social escolar aos estudantes mais carenciados e a manutenção das propinas nos níveis fixados pela lei actual.

"Pela primeira vez, o Estado responsabiliza-se pela garantia para permitir que todos os estudantes, independentemente dos seu níveis de património ou rendimento, possam ter acesso a este sistema de empréstimos", acrescentou, lembrando que até agora cabia aos próprios estudantes e famílias apresentar as garantias.

Portugal "precisa urgentemente de formações mais exigentes e medidas à escala da competição internacional", sobretudo no que diz respeito a "recursos humanos qualificados", defendeu.

O primeiro-ministro, José Sócrates, também presente na cerimónia, sublinhou que o sistema de empréstimos representa "um ponto de viragem no acesso ao Ensino Superior e uma mudança qualitativa muito importante".

"O que nós pretendemos com este medida é que os jovens tenham possibilidade de construir com liberdade a sua carreira académica e o seu projecto de vida e que se criem mais oportunidades para que todos realizem o seu potencial, recorrendo a suas escolhas e opções", disse José Sócrates.

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