terça-feira, setembro 30, 2008

Reitor da Universidade Católica defende aumento do valor das propinas

O reitor da Universidade Católica Portuguesa (privada) defendeu hoje que as propinas deveriam aumentar no ensino superior público. "O montante das propinas deveria ser mais elevado, porque os benefícios dos estudantes e das famílias deveriam exigir delas uma maior contribuição para melhorar as condições das universidades", sublinhou Manuel Braga da Cruz.

O responsável acrescentou que o sistema de bolsas deve ser "mais eficaz" para quem tem dificuldades em acompanhar o aumento do valor das propinas, "para que ninguém deixe de frequentar o Ensino Superior". Este ano, todas as universidades e politécnicos vão cobrar a propina máxima que é de 972,14 euros, um aumento de 4,86 por cento nas universidades e 6,22 por cento nos politécnicos, à excepção do Algarve e dos Açores que não vão fixar a propina máxima prevista na lei.

Na conferência realizada na Universidade Católica esteve também presente o ex-ministro da Educação, Guilherme de Oliveira Martins, que defendeu a partilha de responsabilidades na educação entre a escola, a família e a comunidade. "Temos que entender que o caminho a seguir na educação em Portugal tem que ser de maior responsabilização e maior autonomia", esclareceu Oliveira Martins.

O actual presidente do Tribunal de Contas sublinhou que "é preciso que haja uma articulação entre a escola, a família e a comunidade; a escola não se pode fechar em si mesma, porque é um espaço de ligação às famílias". Referindo-se aos contratos de autonomia das escolas, Oliveira Martins referiu que esse sistema pode garantir uma maior "exigência de responsabilidades". "É preciso introduzir os sistemas de modernidade no paradigma da educação em Portugal", alargando a escolarização obrigatória até aos 18 anos, frisou o ex-ministro da Educação.

A conferência "As crianças no centro da educação: A reforma educativa em Inglaterra" foi promovido pelo fórum para a Liberdade de Educação e contou com a presença do secretário de Estado da Educação de Inglaterra, Jim Knight, e com o presidente do Conselho Nacional de Educação, Júlio Pedrosa.

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