Foram 4 mil @s estudantes que sairam à rua contra o Processo de Bolonha, ontem em Madrid. O trabalho segue para se preparar o próximo Encontro Europeu de Estudantes [em Roma] e a jornada de luta e mobilização europeia de 17 de Novembro, que esperamos seja realmente massiva em toda a Europa e que seja um passo mais no crescimento das lutas globais contra a mercantilização da Educação.
"La lucha es el único camino!"
sexta-feira, maio 12, 2006
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3 comentários:
Comunicado à imprensa do AGIR (Agrupamento Intervenção e Resposta)
O AGIR é um agrupamento de estudantes da Universidade do Minho descontentes com o marasmo social e acrítico presentes na academia prejudicando a defesa dos seus direitos essenciais que constantemente têm sido atacados nos últimos anos. É um movimento aberto a todos aqueles que queiram agir sobre os assuntos que dizem respeito à comunidade universitária e à sociedade em geral. Queremos unir todos os que não se revêem nos ataques ao ensino superior público, gratuito, universal e de qualidade, que têm sido perpetrados pelos governos dos últimos anos.
Um desses ataques é o denominado Tratado de Bolonha. A coberto de uma suposta reforma de melhoramento do ensino superior, este processo trará graves consequências para os estudantes que cá estão e para aqueles que queiram cá estar nomeadamente piorará as condições de estudo e de trabalho, de acesso ao emprego e de acesso ao ensino superior e, inclusivamente, os lugares dos professores e dos funcionários serão postos em causa por este processo. Também a eles, professores e funcionários, apelamos a uma união de esforços para não sairmos, em conjunto, prejudicados.
O Governo de José Sócrates quer enganar-nos com dois mitos. Primeiro: que teremos a licenciatura em menos tempo. Segundo: de que teremos um mestrado ao fim de 5 anos. Contudo, o mercado de trabalho não valorizará essa licenciatura e os empregadores só contratarão quem possuir o 2ºCiclo concluído. Assim o mestrado equivalerá em número de anos à nossa actual licenciatura. Então porquê esta alteração? Simples, o Estado reduz o seu orçamento no ensino superior responsabilizando os estudantes e suas famílias pelo financiamento quase integral do percurso académico. Na verdade, só completará os dois ciclos quem tiver capacidade económica. Já não bastam as propinas actuais que obrigaram cerca de 1500 colegas nossos a abandonar a universidade.
Também, as oportunidades de emprego serão mais escassas com um diploma de 1º ciclo que não nos servirá de muito. Aliás, as ordens dos advogados, arquitectos, médicos e engenheiros já vieram a público avisar que só quem tiver os dois ciclos poderá exercer estas profissões.
Bolonha trará também um novo sistema de créditos e de métodos de avaliação que vão levar à reestruturação de cursos de uma forma leviana e a aumentar a carga de trabalho até mais de 40 horas por semana. E como irão fazer os trabalhadores-estudantes ou aqueles que dependem de part-times para o seu sustento? Como podem organizar o seu calendário? A lógica dirá que o caminho passará por abandonar a universidade.
Outro ponto que nos traz aqui é denunciar a falta de liberdade de expressão e de intervenção que se tem manifestado dentro da universidade.
Em primeiro lugar houve uma reunião de alunos que foi impedida de utilizar uma sala para se reunir porque o presidente da mesa da RGA nos disse “que os alunos não podem reunir quando querem”. Tendo os funcionários da universidade sido pressionados a não cederem uma sala para tal reunião.
Em segundo lugar alguns alunos encontravam-se a pintar umas faixas dentro da universidade com a intenção de as colocar no seu espaço. Foram abordados pelos elementos da segurança privada da Universidade que lhes disseram que não o podiam fazer e tinham que abandonar o local, usando mesmo ameaças verbais (referimos que outras centenas de estudantes continuavam a circular dentro da universidade a essa hora). Ficamos estupefactos pela privação do nosso direito de nos manifestarmos, mas mais ainda por estarmos apenas a pintar as faixas sossegadamente e por esta interdição ocorrer caricatamente na véspera do 25 de Abril, não cederemos um milímetro neste nosso direito e já o comunicámos ao Magnífico Reitor. A universidade no seu interior não faz jus ao lema que publicita de “Universidade sem muros”.
Estes métodos de censura são para nós clarificadores da cumplicidade da Reitoria e da AAUM com a política desastrosa do actual Governo.
8 de Maio 2006
Sob o título em epígrafe publicou hoje o Jornal de Notícias o seguinte texto:
"Um grupo de estudantes da Universidade do Minho (AGIR), 'descontentes com o marasmo social e acrítico presente na academia, prejudicando a defesa dos seus direitos essenciais que constantemente têm sido atacados nos últimos anos', deram, ontem, uma conferência de Imprensa para denunciar o status quo vivido na academia, a começar pela 'falta de liberdade de expressão '. (...)"
Para continuar a ler, clicar http://jn.sapo.pt/2006/05/09/minho/alunos_denunciam_falta_liberdade.html
agir-uminho.blogspot.com
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