Na última quinta-feira, durante o jogo do Brasil e Japão da Copa do Mundo, a Guarda Municipal de Paulínia (São Paulo), cumprindo liminar de reintegração de posse expedida pela 2ª Vara Civil de Paulínia retirou dezenas de estudantes que desde o dia 5 de Junho estavam acampados no Instituto de Ensino Superior de Paulínia, conhecido como Faculdade Pública de Paulínia e administrado pela Fupespp (Fundação de Pesquisas, Estudos Sociais e de Políticas Públicas de Paulínia). Os/as estudantes saíram pacificamente do campus, agora acampam do lado de fora da faculdade, na calçada, e promovem aulas públicas no canteiro central da Avenida José Paulino.
Os/as estudantes protestam contra o plano da Fupespp (administradora da faculdade) de reduzir a partir de 2007 a carga horária de 5.760 para 3.200 horas/aulas dos cursos de administração pública e comércio exterior e exigem a realização de concurso público para professores/as e funcionários/as da faculdade. Os/as universitários afirmam que a atual gestão da Fundação quer desvirtuar o projeto original da faculdade, e por motivos meramente eleitoreiros, transformá-la em fábrica de diplomas, inserindo cursos de qualidade inferior, porém com muitas vagas, para conquistar votos.
A ação de reintegração de posse, solicitada pela Fupespp, cita o nome de 5 estudantes acusando-os de "esbulhadores" (espoliadores), praticarem "turbação" (perturbação) e dá um prazo para que eles recorram na justiça sob pena de revelia e ainda cobra multa diária aos estudantes. Cerca de 80% dos professores/as apóiam o protesto dos estudantes da Faculdade Pública de Paulínia. Estudantes e professores/as entrarão com recurso na Justiça na próxima segunda-feira para tentar derrubar a liminar judicial.
Notícia(s) e foto do Centro de Mídia Independente.
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