Há pelo menos dois meses que a AAUM (Associação Académica da Universidade do Minho) criou uma petição, que pode ser lida em baixo, que nunca funcionou. Esta foi a forma que AAUM arranjou para lutar por uma moção aprovada em RGA (Reunião Geral de Alunos) a 9 de Maio de 2006. Isto só demonstra o interesse da AAUM na defesa dos direitos dos estudantes da Universidade do Minho. A linda retórica apresentada na petição é apenas areia para os olhos dos alunos...
Chamar-lhes hipócritas [aos dirigentes da AAUM] será pouco...
Moção à R.G.A. de 9 de Maio de 2006
Considerando que:
1. Mais de 1.000 alunos já abandonaram a nossa Universidade devido ao valor actual das propinas (afirmado pelo nosso Reitor) e que o Processo de Bolonha agravará esta situação.
2. Que [o processo de] Bolonha levará ainda mais à elitização do Ensino Superior pondo em causa a formação social, cívica e profissional dos jovens.
3. Os cursos serão reestruturados sem ter em conta o percurso académico percorrido até agora por cada um de nós, levando mesmo à perda de créditos já garantidos.
4. Este processo [de Bolonha] tornar-nos-á mais precários no trabalho, sujeitos a salários baixos e a cargas horárias superiores.
5. O ensino e a educação é um bem e um direito de todos e que a todos deve ser facultado, aliás, como consagra, e bem, a nossa Constituição.
Assim, aos 9 dias do mês de Maio de 2006, a Associação Académica da Universidade do Minho reunida em Reunião Geral de Alunos toma a seguinte posição pública, nomeadamente perante o Governo, a reitoria e a imprensa.
O Processo de Bolonha encerra um sem número de preocupações e problemas sobre os quais o Governo e a Reitoria ainda não esclareceram, assim queremos garantir:
- que nenhum aluno perderá os créditos das disciplinas já realizadas;
- que não haverá aumentos de propinas, nem para o 1º ciclo nem para o 2º ciclo;
- que o Estado financie os dois ciclos;
- que não existam «numerus clausus» ([restrição de] vagas) entre o 1º e o 2º ciclo;
- que aos alunos que terminem a actual licenciatura, lhes seja conferido o grau equivalente ao 2º ciclo.
Petição:
Analisando o Estado actual do nosso país sobre os vários domínios, fácil é perceber que algo está mal e é urgente corrigir. O Ensino Superior é uma das esferas onde é necessária uma intervenção rápida para que o futuro de milhares de estudantes, como homens e mulheres e herdeiros deste país não seja posto em perigo. Compreendemos que não é fácil agir perante condições tão adversas, pensamos que é possível melhorar tornando o Ensino Superior Português, um ensino de e com qualidade. Assim, vimos por este meio reclamar algumas das nossas bandeiras que acreditamos que postas em prática farão o Ensino Superior Português cada vez melhor:
• Ensino Superior baseado nos princípios da qualificação e do saber;
• Maior orçamentação do [Estado para o] Ensino Superior;
• Diminuição da excessiva comparticipação devida pelo estudante para frequentar o Ensino Superior;
• Financiamento integral dos 2 ciclos de estudos à luz do Processo de Bolonha;
• Melhor e mais abrangente Acção Social escolar nos 2 ciclos de estudos;
• Eliminação do actual regime de prescrições sem que estejam encontradas as razões do insucesso escolar;
• Avaliação sistemática dos docentes das várias instituições;
• Avaliação rigorosa da qualidade das várias instituições;
• Maior empenho pela integração dos licenciados no mercado de trabalho.
quinta-feira, setembro 21, 2006
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