quarta-feira, outubro 11, 2006

Politécnico de Beja admite dispensar professores devido a cortes orçamentais do Governo

O Instituto Politécnico de Beja (IPB) admite dispensar [alguns] professores devido aos cortes no orçamento [estatal] para [o seu funcionamento em] 2007 e à diminuição do número de novos alunos, que obrigou à suspensão de sete cursos de licenciatura neste ano lectivo.

O presidente do Instituto Politécnico de Beja, José Luís Ramalho, admitiu hoje que a[quela] instituição de Ensino Superior "atravessa um momento complicado, que poderá levar à cessação ou interrupção de contratos com alguns professores".

Na origem da situação, justificou, está o facto de o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior ter reduzido em 6,9 por cento o orçamento [provindo] do [Estado para o] IPB para 2007. "Este ano tivemos um orçamento [estatal] de cerca de 11,9 milhões de euros, mas no próximo ano vamos contar com pouco mais de 11 milhões", precisou.

"Com este corte orçamental, o IPB vai ter que racionalizar recursos e cortar nas despesas", vaticinou, salientando que "a grande despesa da instituição é com o pessoal docente".

Por outro lado, continuou José Luís Ramalho, a diminuição do número de novos alunos no ano lectivo de 2005/2006 obrigou o IPB a suspender este ano sete cursos de licenciatura, por isso, alguns professores ficaram sem horários. "O IPB poderá ter que dispensar os serviços de alguns destes professores", lamentou, acrescentando, no entanto, que este "será um processo a longo prazo".

De acordo com o responsável, o IPB vai avançar com "um estudo rigoroso para avaliar as reais necessidades de pessoal docente", que deverá estar concluído em Fevereiro de 2007. "Só nessa altura é que iremos tomar decisões concretas", garantiu, explicando que "se por um lado, o IPB terá que dispensar alguns professores, por outro, necessita de contratar novos professores para os novos cursos que abriram no ano passado e este ano".

No IPB estudam actualmente 2.775 alunos divididos por 29 cursos (licenciaturas, pós-graduações e mestrados) ministrados por 253 professores nas Escolas Superiores de Tecnologia e Gestão (ESTIG), Educação (ESEB), Agrária (ESAB) e Saúde (ESSB).

Neste ano lectivo, a ESAB foi a escola [do IPB] que suspendeu mais cursos, num total de quatro (Engenharia Agro-Florestal, Engenharia Agro-Pecuária, Agricultura Biológica e Gestão da Água, do Solo e da Rega). A ESEB suspendeu dois cursos (Artes Decorativas e Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico) e a ESTIG fechou o curso de Engenharia Topográfica. Em contrapartida, a ESAB abriu este ano lectivo uma nova licenciatura em Engenharia Agronómica.

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