segunda-feira, dezembro 11, 2006

'Bolonha': Ensino em constante reducionismo

“O Processo de Bolonha não pode ser reducionista” afirma o Presidente da Cooperativa de Ensino Superior e Politécnico Universitário (CESPU), Almeida Dias, numa entrevista ao «Jornal de Notícias».

O Presidente da CESPU critica a redução de quatro para três anos, de cursos relacionados com as tecnologias da saúde. Esta "reestruturação reducionista das licenciaturas" tem vindo a ser contestada por profissionais e docentes da área.
Almeida Dias denota uma preocupação com a adaptação dos cursos segundo o Processo de Bolonha, argumentando que em Portugal há uma propensão para impelir todos os cursos para formações com apenas 180 ECTS. O Presidente [da CESPU] compara a situação portuguesa com Espanha, uma vez que no país vizinho os reitores decidiram que a adequação dos cursos será feita a partir de 2007 e que todos terão 240 ECTS (créditos europeus). Na sua opinião, esta situação empobrece as formações adquiridas, pois para os portugueses é impossível ter técnicos de saúde sem uma formação feita em ambiente hospitalar.
Almeidas Dias afirma que esta disparidade a nível de créditos vai originar dificuldades de empregabilidade, uma vez que “em Espanha, não vão querer empregar profissionais sem a formação que é exigida lá”.
O Presidente da CESPU fala de um consenso generalizado entre as escolas, oficiais e privadas relativamente às situações que [o processo de] Bolonha acarreta “só quem parece não estar de acordo é a tutela”.

Retirado do blogue «Ah! NoloB - A Reviravolta».

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