No arranque do próximo ano lectivo, 88% dos cursos oferecidos pelas instituições do Ensino Superior portuguesas estarão adaptados ao sistema de graus e diplomas definido pelo Processo de Bolonha.
A estimativa é do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). O ministro da tutela, Mariano Gago, estará em Londres entre amanhã e sexta-feira, 18 de Maio, para participar numa reunião de balanço dos 45 países europeus que aderiram à reforma no [Ensino] Superior.
De acordo com dados recolhidos pela Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES), e agora tornados públicos, cerca de 38% da oferta de cursos de 1º e 2º ciclo (correspondentes às actuais licenciaturas e mestrados) estão este ano lectivo a ser oferecidos dentro das novas regras.
No total, foram adaptados 895 cursos, tendo ainda sido criados outros 282 de acordo com as novas normas. Para o próximo ano lectivo, espera-se que mais 50% da oferta seja assegurada, somando-se cerca de 1.800 programas adaptados, e ficando apenas por consolidar 12% dos cursos em 2008/2009, um ano antes do fim do prazo estabelecido no acordo internacional.
O sistema terá por referência um modelo com um primeiro ciclo de três anos, correspondente à licenciatura, complementado por um mestrado de dois (3+2 anos de estudos superiores).
A progressão dos estudantes será contabilizada de acordo com um sistema europeu de créditos (denominado ECTS), reconhecido por todos os países signatários, em que uma licenciatura implica, em média, a obtenção pelo estudante de 180 unidades de crédito.
Em comunicado, o Ministério da Ciência e Ensino Superior sublinhou a "mobilização considerável das instituições portuguesas e da comunidade académica" em torno desta revolução, que visa facilitar o reconhecimento de competências académicas entre países europeus.
O Processo de Bolonha começou a ser introduzido em Portugal no início de 2006, com a aprovação de um conjunto de diplomas que alteraram a anterior Lei de Bases do Sistema Educativo.
terça-feira, maio 15, 2007
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