A Associação Europeia das Universidades (EUA) exortou hoje os governos europeus a investirem mais no ensino superior e na investigação por considerar ser esta a melhor forma de ultrapassar a crise económica e financeira.
Numa declaração publicada hoje, a EUA endereça uma série de mensagens aos políticos europeus com propostas das universidades para ajudar a combater a actual crise e identifica os "10 caminhos para o sucesso" do ensino superior na próxima década.
A declaração, assumida pelos líderes das universidades europeias num recente encontro em Praga, será apresentada aos 46 ministros da Educação e Ensino Superior que deverão participar num encontro ministerial a realizar no final de Abril, para fazer um balanço sobre a aplicação do processo de Bolonha.
No documento, os responsáveis pelas universidades europeias sublinham o papel das instituições de ensino superior como força condutora da recuperação económica na Europa.
Acentuam, no entanto, que para as universidades desempenharem plenamente o seu papel de ajuda às economias europeias a saírem da recessão, os políticos têm de comprometer-se a um maior investimento no ensino superior e investigação, porque "a Europa não pode correr o risco de perder uma geração de pessoas talentosas ou um sério decréscimo em actividades de investigação ou inovação".
Dois por cento do PIB europeu no Ensino Superior e três na investigação
A associação quer que os países europeus ultrapassem o grande investimento em educação e investigação estabelecido no pacote de estímulo à economia norte-americana e a apoiar quer a investigação quer as famílias de estudantes no ensino superior, que se esforçam para pagar os custos deste nível de instrução. Apela ainda a esforços renovados dos governos para atingir o objectivo de investimento de 3,0 por cento do PIB em investigação e de 2,0 por cento no ensino superior, tal como proposto pela Comissão Europeia.
A declaração destaca que um pacote de estímulos na Europa é necessário para criar oportunidades reais e incentivar os jovens investigadores, tirar partido do financiamento da aprendizagem ao longo da vida em todo o continente e melhorar as infra-estruturas das universidades.
Olhando para a próxima década, esta Declaração de Praga sublinha que para o sucesso das Universidades na Europa é preciso criar oportunidades para a conclusão dos cursos superiores, melhorar as carreiras de investigação e desenvolver programas de estudo inovadores e pertinentes.
Entre os dez pontos-chave para a próxima década, está ainda o desenvolvimento de perfis institucionais distintos ao nível da investigação, reforço da autonomia, alargamento das formas de rendimentos das instituições, elevar a qualidade e a transparência, promover a internacionalização, melhorar a as condições de mobilidade e desenvolver parcerias.
Nos próximos meses, o Conselho da EUA irá desenvolver um plano de acção específico para cada um destes pontos, com recomendações às instituições, aos governos e às instituições europeias. A EUA é uma organização representativa de mais de 800 universidades europeias e cerca de 34 associações nacionais de reitores.
segunda-feira, abril 13, 2009
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