terça-feira, setembro 26, 2006

Relatório da OCDE “Olhares sobre a Educação 2006”: Portugal com Ensino Superior "careiro"

O relatório “Olhares sobre a Educação 2006”, da responsabilidade da OCDE, identifica Portugal como um dos países pertencentes à organização com um valor de propinas mais elevado e com o mais reduzido apoio estatal à comunidade estudantil.
A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) deu recentemente a conhecer os resultados do relatório intitulado “Olhares sobre a Educação 2006” ["Education at a Glance 2006", em inglês] e o Ensino Superior português não ficou bem na fotografia.

De acordo com as conclusões do documento só 2,2% das verbas estatais para o Ensino Superior são canalizadas para bolsas de estudo - cerca de um quarto da percentagem do apoio médio dos países da OCDE. A juntar a este facto, alude-se ao problema da inexistência de um modelo de empréstimos para o sector.

No que toca ao investimento público efectuado para cada aluno, os números lusos ficam outra vez aquém da média dos países membros da OCDE, que se estima ser de 11.254 euros, apresentando [Portugal] um «score» de apenas 7.200 euros gastos em cada estudante.

Mesmo sem um sistema de empréstimos estabelecido, o valor das propinas pagas em Portugal não deixa de ser elevado. De acordo com os números apresentados, os estudantes portugueses são dos que mais pagam: em média cerca 700 euros. De salientar que um quarto dos países da OCDE tem Ensino Superior gratuito e que entre os 19 países da União Europeia sob estudo, apenas a Holanda e o Reino Unido apresentam propinas de valores superiores a 800 euros.

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