As últimas do Processo de Bolonha parecem agora constituir um factor de risco para a sobrevivência das tunas académicas em Portugal, dada a redução do tempo dos cursos imposta.De acordo com declarações de um membro da Infantuna de Viseu à agência Lusa, este [a implementação do processo de Bolonha] é «um dos problemas mais graves» que vivem actualmente as tunas. Na opinião de João Paulo Sousa, «as pessoas vão passar menos tempo nas Universidades, há a pressão do mercado de trabalho e [como resultado] aquilo que vão prejudicar são as actividades extracurriculares». E antecipa «grandes dificuldades no recrutamento de novos membros [para as tunas] que substituam os actuais, o que irá agravar o envelhecimento já sentido na maior parte das tunas». Sublinhando a ideia que nas tunas académicas a formação dada é antes de mais a «humana», o tuno considera que com apenas três anos de curso torna-se difícil cumprir as habituais etapas. Estima-se que estão recenseadas em Portugal cerca de 350 tunas académicas e que se assiste a um aumento da média de idades dos tunos activos, a rondar os 30 anos. Por isso, João Paulo Sousa não tem dúvidas em adivinhar um «futuro pouco risonho» para as tunas académicas, lançando como possível solução do problema a possibilidade das mesmas começarem a «admitir pessoas que fizeram a vida académica fora», mas que pretendam continuar a estar envolvidos.
terça-feira, outubro 17, 2006
[Processo de] Bolonha ameaça tunas académicas
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