As associações de estudantes do ensino superior politécnico promoveram ontem o I Congresso Nacional, que decorreu até hoje, no Fundão, para debater a implementação do processo de Bolonha, produzir um documento sobre o estado do sector e aproximar as associações.
A organização está a cargo da Federação Nacional das Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico (FNAEESP), que prevê acolher 150 participantes no edifício Cidade do Engenho e da Arte.
"Numa altura de grandes mudanças para o Ensino Superior, com a implementação do Processo de Bolonha, é importante juntar os representantes dos estudantes, dos politécnicos e os responsáveis pela educação em Portugal", justifica João Abrantes, presidente da federação.
O processo de Bolonha foi um compromisso assumido em 1999 pelos Estados da União Europeia que visa harmonizar até 2010 os graus e diplomas do ensino superior. O principal objectivo é facilitar a mobilidade e empregabilidade dos estudantes na Europa.
No entanto, face a este processo, a FNAEESP entende ser necessário verificar "as dificuldades e as potencialidades das várias áreas de conhecimento patentes no ensino politécnico".
"É preciso encontrar caminhos estratégicos, de acordo com as necessidades do tecido empresarial e a amplitude da livre criação e transmissão de conhecimento", alerta o presidente da FNAEESP.
Nesse sentido, o congresso vai editar "um documento amplo, coerente e e lucidativo, onde se refiram as potencialidades e as ameaças no ensino superior Politécnico".
O documento será posteriormente entregue "às entidades competentes, constituindo assim um óptimo documento de análise, reflexão e trabalho para o futuro", acrescenta.
O encontro do Fundão serve ainda para reunir associações de estudantes que, ao longo dos anos, "se têm vindo a afastar e a desinteressar dos vários assuntos discutidos no seio do movimento associativo", lamenta João Abrantes.
A FNAEESP foi criada em 1989, representando cerca de cem mil estudantes de mais de 40 associações de estudantes em todo o território nacional.
sexta-feira, novembro 24, 2006
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1 comentário:
O País está em crise educativa generalizada, resultado das políticas governamentais dos últimos 20 anos, que empreenderam experiências pedagógicas malparadas na nossa Escola. Com efeito, 80% dos nossos alunos abandonam a Escola ou recebem notas negativas nos Exames Nacionais de Português e Matemática. Nisso, culpados são os educadores oficiosos que promoveram as politicas educativas desastrosas, e não os alunos e professores. Os problemas da Educação não se prendem com os conteúdos programáticos ou com o desempenho dos professores, mas sim com as bases metódicas cientificamente inválidas.
Ora, devemos olhar para o nosso Ensino na sua íntegra, e não apenas para os assuntos pontuais, para podermos perceber o que se passa. Os problemas começam logo no ensino primário, e é por ai que devemos começar a reconstruir a nossa Escola. Recomendamos vivamente a nossa análise, que identifica as principais razões da crise educativa e indica o caminho de saída. Em poucas palavras, é necessário fazer duas coisas: repor o método fonético no ensino de leitura e repor os exercícios de desenvolvimento da memória nos currículos de todas as disciplinas escolares. Resolvidos os problemas metódicos, muitos dos outros, com o tempo, desaparecerão. No seu estado corrente, o Ensino apenas reproduz a Ignorância, na escala alargada.
Devemos todos exigir uma acção urgente e empenhada do Governo, para salvar o pouco que ainda pode ser salvo, as nossas melhores universidades.
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