O presidente do Conselho de Reitores diz que a redução de 53 milhões de euros das verbas do Orçamento de Estado para as universidades vai deixar alguns estabelecimentos de ensino sem hipótese de pagar aos funcionários. José Lopes da Silva diz que a qualidade do ensino está em causa.O presidente do Conselho de Reitores entende que as verbas previstas no Orçamento de Estado para 2007 não vão chegar para garantir a qualidade de ensino nas universidades.
Em declarações à TSF, José Lopes da Silva considera que a redução de 53 milhões de euros do dinheiro para as universidades provocará situações em que não haverá hipótese de pagar os salários ao pessoal destes estabelecimentos de ensino.
«Se tivermos em contas as despesas com o reembolso da ADSE, direi que praticamente todas as universidades (talvez a Universidade do Porto fique de fora) vão ter um valor transferido do Estado inferior às remunerações certas e permanentes», frisou.
José Lopes da Silva diz mesmo que está em causa a qualidade do ensino «tanto mais que estamos num momento grandes reforma e da implementação do Processo de Bolonha em que se pretende generalizar toda uma forma de ensinar e de aprender que certamente exige alguns recursos suplementares».
O presidente deste conselho adiantou ainda que não está previsto qualquer tipo de protesto relativamente a esta questão e sublinhou que o ministro da Educação, o primeiro-ministro e a Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República já estão avisados para o problema.
«Reafirmo a posição das universidades de manterem sempre uma postura de Estado e perfeitamente cientes de que o país atravessa uma crise e que portanto as soluções que têm de ser encontradas não devem prejudicar a política de contenção necessária neste momento», concluiu.
O Instituto Politécnico de Tomar é a instituição que será prejudicado, uma vez que vai receber menos 11,8 por cento do que gasta em salários, o correspondente a 1,2 milhões de euros.
De acordo com o jornal de Negócios as universidades do Algarve, dos Açores, de Aveiro, de Évora, do Minho, do Trás-os-Montes e o Instituto Superior de Ciências Sociais e da Empresa (ISCTE) completam a lista dos estabelecimentos com maiores perdas de dinheiro.
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